Theo Mizú e Banda vencem o 1º Concurso de Música de Rua – Toca Aí

1° Concurso de Música de Rua do Pátio Metrô São Bento Toca Aí Theo Mizú e Banda

Chegou ao fim o 1º Concurso de Música de Rua – Toca Aí, do Pátio Metrô São Bento. No último sábado, após 200 inscrições online, 60 apresentações nas Seletivas e três dias de Eliminatórias, 10 artistas se apresentaram ao público e ao júri na Praça da Colmeia na grande Final do Concurso. E os grandes vencedores foram Theo Mizú e Banda, que encantaram os jurados, alcançaram a pontuação máxima e faturaram o grande prêmio de R$ 5 mil. Houve empate entre Bolero Freak e Gambiarra Lixofônica na segunda posição e os grupos decidiram dividir o prêmio destinado ao segundo e ao terceiro lugar – cada um ficou com R$ 1,5 mil.

Na Final, o grupo de jurados foi composto por Paula Mello, quem comanda o departamento televisivo da Universal Music; por Gabriel Perline, apresentador do programa Revista da Cidade, da TV Gazeta, e colunista do site Notícias da TV (UOL); e por Ana Catarina, curadora e produtora, dedicada integralmente a projetos artísticos, como o movimento “Artistas na Rua”, e sócia da produtora Giro8, que é especializada em eventos em espaços públicos.

Para encerrar o evento, a Banda dos Seguranças do Metrô fez um showzão. Com hits nacionais e internacionais, a BSM levantou o público e fez a festa do seu fã-clube, presente em peso no Pátio. Mas muuuuita coisa aconteceu antes disso!

Pontualmente às 11h de um ensolarado sábado, a Banda Cucamonga subiu ao palco do Pátio. Quer dizer, subir é modo de falar, porque o que Mesaac Brito (trompete), Marcos Lucius (clarinete), Ricardo Reis (washboard), José Renato (saxofone) e Fernando Thomer (banjo) menos fazem é ficar no palco. Ao som do street jazz, o grupo se metia no meio do público, interagia com a galera e fazia uma festa.

O quarteto Fios de Choro fez a segunda apresentação do dia. Allan Gaia, João Pellegrini, Lincoln Pontes e Wanessa Dourado têm um entrosamento incrível e empolgaram o público e o júri com a mistura de choro com ritmos nordestinos que é característica do grupo.

Na sequência, foi a vez de Júnior da Violla. Uma das duas apresentações individuais da Final, Júnior esbanjou técnica e criatividade com a viola caipira. Quem apenas escutasse a apresentação não conseguiria perceber que se tratava de apenas um músico. Com auxílio de pedais e looping, Júnior se torna uma banda de um homem só.

O quarto show da Final foi de Theo Mizú e Banda. Composto por Theo Mizú nos vocais, sanfona e violão, Arthur Mizutani no baixo, Luigi Bonocchi no trombone e Ramon Reis na bateria, o conjunto deu um show de empolgação e entrosamento com sua miscelânea musical, que mistura ritmos de várias partes do mundo em composições próprias.

Em seguida, o Bolero Freak manteve a animação lá em cima. Com arranjos repaginados e combinações excêntricas, o grupo de Renata Versolato (voz), Daniel Lotoy (voz e teclado), Abner Paul (bateria e percussão), Evandro Ferreira (violão e guitarra), Renato Leite (baixo), Thor Moura (baixo) e Daniel Warshauer (acordeom) deu sua cara a clássicos da música brasileira, como “Panis Et Circensis”, dos Mutantes.

A tropicália deu lugar aos ritmos nordestinos com a Rabeca Andarilha. O grupo formado por Kelly, Daniele, David e Allan esbanjou animação e fez a galera remexer o esqueleto na Praça da Colmeia.

A sétima atração da Finalíssima do Toca Aí foi Filippe Dias Trio. Ao lado de Enielse no contrabaixo e João Lopes na bateria, Filippe Dias fez uma sonzeira na Praça da Colmeia. O conjunto deu uma aula de virtuosismo ao tocar seu blues e deixou o público e o júri de boca aberta.

Na sequência, Gui Marmota e sua Gambiarra Lixofônica tomaram o palco. Em uma das apresentações mais criativas do Concurso, Marmota transbordou ritmo, animação e irreverência no Pátio. O projeto consiste em uma banda de um homem só, que se apresenta com instrumentos feitos com materiais reciclados e, de forma bem-humorada, busca trazer uma reflexão sobre a consciência ambiental e trabalhista.

O Duo Choro Livre fez o penúltimo show do Concurso. Mais uma vez, a naturalidade e o entrosamento de Ítalo Magno (sanfona) e Bruno Pássaro (pandeiro) roubaram a cena. Embora estivessem tocando misturas complexas de chorinho brasileiro com outros ritmos, os músicos pareciam não fazer esforço algum.

Para encerrar o Concurso, o Ôncalo realizou uma apresentação com o astral lá em cima. Formado por ex-alunos de bandas e fanfarras de duas escolas públicas da Zona Leste de SP, o grupo levantou o público com versões instrumentais devidamente coreografadas de músicas populares.

Houve uma mudança da mecânica de divulgação das pontuações em relação à fase Eliminatória. Antes, a contagem de fichas era feita logo após cada apresentação. No entanto, para a Final, foi decidido que a contabilização seria feita ao término de todos os shows. Cada jurado colocou notas de dinheiro fictícias em um envelope lacrado correspondente a cada atração. Com o fim dos 10 shows, chegou a hora do suspense para saber quem foi o vencedor pela decisão dos jurados.

Na contabilização, que foi cheia de emoção e surpresas, Theo Mizú e Banda receberam todas as 150 fichas do trio de jurados. Na sequência, vieram Bolero Freak e Gambiarra Lixofônica, com 149 fichas cada (confira todas as pontuações abaixo). Devido ao empate, os artistas decidiram somar os prêmios de segundo e terceiro lugar e dividir, ficando R$ 1,5 mil para cada.

Foram 200 inscrições online, 60 apresentações nas Seletivas, três Eliminatórias com 10 show por dia e uma grande Final. Foram meses de música de qualidade, democrática e gratuita soando pelo Centro de São Paulo. Mas não para por aí. O Pátio Metrô São Bento valoriza a cultura e pretende sempre oferecer atrações para o público do Centro. Fique ligado em nosso site e redes sociais para saber das novidades.

Também gostaríamos de agradecer a todos os músicos que se inscreveram no 1º Concurso de Música – Toca Aí. Esperamos que, como nós, vocês também tenham gostado de participar do evento. E que venham os próximos!

Classificação da Final

Banda Cucamonga – 143 pontos

Fios de Choro – 140 pontos

Júnior da Violla – 136 pontos

Theo Mizú e Banda – 150 pontos

Bolero Freak – 149 pontos

Rabeca Andarilha – 138 pontos

Fillipe Dias Trio – 147 pontos

Gambiarra Lixofônica – 149 pontos

Duo Choro Livre – 141 pontos

Ôncalo – 145 pontos