O ano de 2020 foi marcado por grandes mudanças em nossas rotinas. A pandemia do coronavírus alterou nossos hábitos e criou novos protocolos do dia a dia. Assim, tivemos que reduzir o contato entre pessoas e nos preocupar ainda mais com higiene. Perdemos nossos encontros, festas, abraços. E ainda, nossas estruturas sociais se tornaram mais cruéis, pois nem todos tivemos os mesmos direitos básicos e a possibilidade do distanciamento social recomendado.
Ao chamarmos os artistas para esta exposição e pedir para eles interpretarem a reconstrução de nosso cotidiano com um novo olhar, convocamos a ideia de Ailton Krenak, em “Ideias para Adiar o Fim do Mundo” (2019), para que projetássemos paraquedas coloridos para construir uma realidade melhor, descolada desse chão atual. Desses “desejos para agora e para o futuro”, brotaram nada mais, nada menos do que a vontade por um novo começo, por uma vida mais justa, por dignidade, por ouvidos abertos a todas as vozes, pelo anseio por caminhos mais tranquilos e de águas limpas onde possamos nadar.
A criação desse novo tempo nos direciona para o reconhecimento da humanidade em cada um e, assim, unidos, nos ajudarmos a viver de uma maneira diferente, mais inteiros, contemplando a todos.
Como Geraldo Azevedo nos cantou
“O impossível vamos viver
Ilusão eu duvido talvez seja real
Chegou por quanto tempo
Amanheceu o impossível não é pecado
Tire os olhos da parede
Abra as janelas do quarto
Como a laranja e a sede
A gente ainda quer se encontrar”
(Talvez Seja Real, Geraldo Azevedo e Fausto Nilo, 1985)
Curadoria
Marta Montagnana
Isabela Parrón
Artistas
Abimael Salinas
Clei Souza
Estúdio Arumã
Jess Vieira
Lucas Lopes
Luísa Camargo
Mari Gema de la Cruz
Mora
Nathalia Tiveron
Pati Faedo
Sacha Recorta
Stéfani Agostini
Serviço
A partir de 03 de dezembro
Livre/Grátis
Local: Pátio Metrô São Bento
